Sinto-me ausente e apenas por isso não tenho saído de mim. Alguns lugares… muitos amores… Eu… quando existo!
Deixo-me arrastar pelo vento cinzento e triste.
Não procuro, muito menos encontro ao acaso o fundo de mim ancorado nessa pedra conspurcada de graffiti e reclamações outrora conexas.
Sei que não é a melhor fase, nunca é. E a ansiedade remexe no meu âmago fazendo tocar as cordas mais frágeis do meu corpo.
Ausento-me de mim apenas por breves instantes, a morte está sempre perto, a doença é uma constante, a falta de um espaço se acaso o espaço não é apenas sideral.
Voltam as vozes, os ruídos e as perseguições.
A frustração de ser nada no vazio de coisa nenhuma.
Querer estar perto na distância que me foi destinada.
Encontro-me apenas no silêncio das palavras que não consigo dizer.
Cada vez mais só, cada vez mais NADA!!!!
E QUEM UM DIA IRÁ DIZER QUE NÃO EXISTE RAZÃO P'RÁS COISAS FEITAS PELO CORAÇÃO?
Demoro a chegar para te percorrer. Sinto-te apenas minha a cada passo que dou sob o olhar minucioso, como se fosse a primeira vez.
Encontro-te na minha pele, no meu sorriso. Sorris só para mim e deixas o Sol entrar todas as manhãs para me brindar a passagem.
Respiro-te, cheiro-te e transpiro-te!
Abraço-te para te levar comigo!
Percorro-te devagar para ficar contigo!
Se conseguisse correr sob o mar infinito que nos separa e a saudade fizesse chegar o meu corpo até aí...
E se a dor da distância não me apertasse o sangue junto ao coração nem me lavasse os olhos sem eu lhe pedir...
Não era tão bom se pudesse ver-vos, dar um grande abraço e voltar outra vez????
É que lá ou cá, andam sempre as saudades a moer-me por dentro!